terça-feira, 5 de novembro de 2013

O naufrágio do amor


E o silêncio deste quarto torna-se tão avassalador,
invadindo todos os meus pensamentos.
Na triste incerteza da dor,
relembrando cada momento.

Os cheiros que me rodeiam
nada se parecem com o teu.
E o que fazer com este tormento,
se meu acalento precisa de colo seu.

Dois tristes e distantes,
naufragados pelo amor.
E seus corações tão inconstantes,
clamam pelo fim desta dor.

A metade que não mais me pertence
um estranho que um dia tão bem conheci.
Resistentes do desespero e da solidão,
escrava de memórias do que vivi.

E ao ausentar-te de mim
levou contigo um pedaço do meu coração.
Dando continuidade a melodia
desta triste solidão.

- Bruna Barbosa -
03/11/2013

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