sexta-feira, 29 de julho de 2011

O som do coração



Hoje não irei apenas escrever um poema meu, ou expor os meus sentimentos. Hoje quero falar um pouco de como um certo poema tocou a minha vida, e a partir de então mudou o rumo de tudo.
Hoje eu assisti um filme chamado: O som do coração, onde contava a história de um menino que cresceu em um orfanato e no qual usava a música para encontrar os seus pais, uma história no mínimo emocionante. A partir daí comecei a perceber o quanto de mim havia se perdido, o quanto de tudo que eu acreditava na infância havia ficado para trás com as minhas lembranças. E, após o término do filme me veio a mente um poema.
Quando eu tinha apenas 8 anos eu estava mexendo nas coisas da minha mãe, eu adorava fazer isso, para mim aquilo era uma caça ao tesouro e cada coisa que eu encontrava parecia valiosíssima para mim, mas enfim, eu acabei encontrando o caderno de faculdade dela e nele tinha vários recados, de amigos e namorados, lembranças e muitas histórias e em meio á aquelas folhas eu encontrei uma folha rabiscada com a letra dela, e ali estava escrito um poema que me chamou a atenção, esse poema falava de música e de como as pessoas fazem parte de cada nota que ouvimos, no final o autor estava como desconhecido. Mas para mim aquelas palavras eram intensas demais e me faziam ver o mundo de outra forma, aliás, da minha forma e não da forma que as pessoas queriam ver, então me dei conta que não era somente eu que tinha essa sensação de lúdico sobre as coisas mínimas, que talvez não sejam mínimas, mas sim que devem ser exaltadas por nos transformar em pessoas melhores.
Então, tomada por esse sentimento de nostalgia, ao invés de me levantar e simplesmente ir dormir, eu decidi que faria diferente. Não faria como nas outras noites das quais a inspiração era tomada de mim muito depressa e ao invés de eu expressar isso e poder transformar um pouquinho do meu mundo eu ia dormir. Não, dessa vez eu perderia um tempo de sono, mas que valeria a pena, por poder compartilhar um pouco desse sentimento bom que recobrei dentro de mim e que um dia possa ser tomado de todos vocês, meus leitores. Para que nunca desistam de seus sonhos, nunca deixem morrer essa crianças que existe dentro de cada um e junto com ela que renasça os seus sonhos e acredite, quando se tem fé em você e no que é bom tudo pode dar certo!
Pois no fim tudo dá certo, e se ainda não deu é porque não chegou o final.

E aqui está o poema. E eu descobri o divino autor :)

Pessoas são músicas, você já percebeu?
Elas entram na vida da gente e deixam sinais
como a sonoridade do vento ao final da tarde
e como os acordes de guitarras e metais
presentes em cada clarão da manhã.
Olhe a pessoa que está ao seu lado,
e você vai descobrir olhando fundo
que há uma melodia brilhando no disco do olhar.
Procure somente escutar.
Pessoas foram compostas para serem ouvidas,
sentidas e interpretadas.
Para tocarem nossas vidas com a mesma força
do instante em que foram criadas, para
tocarem suas próprias vidas com essa magia
de serem músicas.
E de poderem alçar todos os vôos,
de poderem vibrar com todas as notas,
de poderem cumprir, afinal, todos os sentidos,
que a elas foi dado pelo compositor.
Pessoas são como você,
com quem tenho o prazer de conviver.
Pessoas são músicas,
como você que tenho o prazer de ouvir.
Pessoas têm que fazer o sucesso que lhes é direito.
Mesmo que não estejam nas paradas de sucesso,
mesmo que não toquem no rádio...
...Apenas no coração!

Autor: José Oliva.