segunda-feira, 19 de julho de 2010

Olhos tímidos


Olhos tímidos, misterioso
Desviam da imagem bela
Fita-te ao lado, menino teimoso
A procura dela
Disfarça-te um tanto ingênuo
Pensas que não vejo?
Há, este teu olhar pequeno
Nasce em mim o desejo
Brilha em meio a multidão
Quieto, inseguro
Um olhar acelera o coração
Um suspiro a mais, lhe asseguro
Perdoe-me por ter chego tarde
Mas hoje aqui estou
Sei que esse sentimento nos invade
Hoje nem sei mais quem eu sou
Eu apenas digo, olhe para mim
Gostaria que tu dissestes o mesmo
Não inicie uma história temendo o fim
Isto torna tudo a esmo
Oh meu deus, eu tentei
Cantei todas canções do mundo
Muito tarde lhe encontrei
E me encontrei lá no fundo
Apenas quero poder ir embora
Sem ter nenhuma lembrança
O que pode acontecer agora?
Se não perdermos a esperança


By: Bruna Barbosa

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nostalgica


Nada sinto, nada vejo
Perco-me em meio a escuridão
Diante de tudo fraquejo
Escondendo-me nessa solidão
Que me resta se não apenas o vazio
Até o Bob diz
Minhas antigas páginas expostas ao frio
Não há nada que condiz
Os sons tornam-se apenas ruídos
As cores se tornaram monocromáticas
Ouve-se apenas meus gemidos
Suaves lágrimas nada simpáticas
A cada minuto torno-me mais vazia
Desprovida de todo o sentimento
Falta-me felicidade e alegria
Sobra-me saudades de antigos momentos
Tornei-me um ser nostálgico
Vivendo a sombra do passado
Buscando qualquer momento mágico
Perdida nas lembranças do que um dia foi cesado!

By: Bruna Barbosa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ai de mim...


Ai de mim, pequena criança que adormece ao sonhar
Corre pelos campos buscando esperança onde nunca se pode encontrar
Ai de mim que mergulho em sonhos desatentos
viajo em pensamento criando em ilusões todos esses momentos
Ai de mim que de mim quase nem sei
busco minha essência incansavelmente onde um dia a deixei
Ai de mim que quase me esqueço
vivendo de sonhos, no mundo escuro eu padeço
Não mais ai de mim, mas ai de ti
que por hora já do mundo me esqueci.


By: Bruna Barbosa

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tudo se foi


Olhando para traz
vejo as páginas que um dia eu escrevi
No meu corpo uma alma jaz
sobre a triste lembrança de quando te perdi
O campo não é mais o mesmo
o lago já secou
O tempo nos fez perder a esmo
nada entre nós restou
Apenas as estrelas lá permanecem
seu sorriso me deixou
Dia a dia meu corpo padece
tirando de mim o pouco que me sobrou
Não consigo mais te sentir
seu cheiro já não está em mim
Como posso agora voltar a sorrir
se tudo teve fim
Querido não posso mais continuar
minhas forças já cessaram
Já desisti de tentar
viver já não é mais necessário
Escrever talvez seja uma maneira de esquecer
minha maneira agradável de ignorar a vida
Quem sabe faça isso para não enlouquecer
para ocultar minha partida
Meus sonhos me levam para perto de você
mas ao amanhecer sei que ao acordar
Irei me perder em querer
sonhando o que não posso sonhar
Me deleito em meu tormento
imaginando momentos que não vivi
Criando em sonhos nosso momento
por frações de segundos volto a sorrir.


By: Bruna Barbosa

sábado, 29 de maio de 2010

Não Chores



Não chores doce criança
pois estas lagrimas ainda irão secar
Se apegue a pequena lembrança
de que um dia eu ainda hei de voltar
Enxugue dos olhos as lágrimas
mostre-me um sorriso na face
Deixe de lado as lástimas
antes que tudo se disfarce
Esqueça toda essa dor
lembre dos tempos de outrora
Não permita que isso destrua nosso amor
combata o que lhe faz chorar agora
Não chores pequena criança
tu ainda há de crescer
Apenas não deixe se esvair a esperança
de um dia no outono me rever
Olhe pela janela
as folhas já começaram a cair
Recorda-te da sentinela
que antes nos fizera sorrir
Ilumine seu pequeno olhar
não permita que em tristeza se afogue
Pela manhã um novo sol irá brilhar
talvez nossa alma se renove.

By: Bruna Barbosa

segunda-feira, 17 de maio de 2010



Quisera eu viver em um mundo sem alienação
olhar a volta do entorno e sorrir
Pudera eu ver o quão bonito é seu coração
ver que ainda esperança há de existir.
Tempos melhores não virão
de nada adianta se iludir
Toda sabedoria no entanto nunca é em vão
mesmo que um dia sua vida se esvair.
Não chore pequena criança
nem nunca perca sua essência
Não deixe que escape sua esperança
um dia eles entenderão sua vivência
Olhe agora para o céu
esqueça o mundo lá fora
Mentes alienadas estão cobertas por seu véu
logo mais não restará mais nada.
Enlouqueça, mas não se deixe levar
mesmo que o mundo lhe esqueça
Sua presença nunca irá nos abandonar
Apenas esqueça todos a nossa volta
eles nunca te compreenderão
De nada mudará essa revolta
apenas continue seguindo o seu coração!

By: Bruna Barbosa

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Controle de uma alma...


Perdendo o controle
sem saber para onde ir
vou seguindo sem rumo
apenas continuo a seguir
Me mate, tire a minha virilidade
deixe meu coração aos pedaços
Destrua minha sinceridade
mesmo que isso me deixe aos cacos
Olhe para mim agora, o que você vê?
pare e preste atenção
Estou a beira de enlouquecer
De muitas coisas eu perdi a noção
Fantasmas me assombram
pessoas me assustam
Agora me diga aonde eu me perdi
em que canto eu me abadonei
Talvez eu encontre aonde eu me esqueci
e lembrarei de como eu chorei
Eu preciso disso agora
não tente entender
São só lembranças de uma mente sem memória
Complexos que eu nunca vou esquecer
Não sei mais como me controlar
já deixei tudo para trás
Talvez eu tente me suicidar
sem pensar em nada mais
Deixe-me sozinha
me abandone novamente
Nada mais me fará mudar
nem mesmo se eu o amar
Pegarei meus restos nesse chão
adeus, agora irei embora
Jogue o que restar em meu caixão
quem sabe nos encontraremos em outrora.

By: Bruna Barbosa